Empresa dos Correios e da Azul deve começar a operar até dezembro

Correios e Azul
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A empresa aérea informa que atende a mais de 100 destinos em todo o país. Já os Correios estão presentes em 5.570 cidades brasileiras.

O presidente dos Correios, Carlos Roberto Fortner, disse acreditar que a empresa transportadora de cargas que a estatal planeja criar em parceria com a companhia aérea Azul começará a operar ainda este ano, em caráter experimental.

“Espero começarmos as primeiras operações ainda em novembro ou dezembro”, estimou Fortner, minimizando os possíveis efeitos do pouco tempo restante até o fim do ano e do encerramento de mandato do atual governo, além do período eleitoral. “Não é por causa do momento da vida política que uma empresa como os Correios tem que esperar. Temos que tocar a vida”, afirmou.

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A expectativa inicial, anunciada em dezembro de 2017, era de que a nova empresa privada de logística começasse a funcionar durante o primeiro semestre deste ano. Conforme anunciado em dezembro, a Azul terá participação de 50,1% e os Correios de 49,99%. A previsão é de que a empresa comece com um movimento de cerca de 100 mil toneladas de cargas por ano.

“Será uma empresa nova, uma joint venture [uma parceria entre duas empresas], resultante da parceria entre Azul e Correios. Em mais ou menos um mês e meio deveremos ter uma deliberação do Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] e poderemos assinar os contratos e começar os primeiros testes operacionais, com o aumento gradual da transferência de nossas cargas para a nova empresa”, acrescentou Fortner.

Posição do Cade

Consultada pela Agência Brasil, a assessoria do Cade informou que não é possível prever quando a análise do ato de concentração, protocolado pelas empresas no último dia 8, será concluída. Legalmente, o Cade tem até 240 dias para se manifestar, prazo que pode ser prorrogado por mais 90 dias.

Nos casos em que a Superintendência-Geral do conselho não constata risco à concorrência, o negócio pode ser aprovado sem ser submetido aos conselheiros – reduzindo o tempo médio da análise para cerca de 30 dias. Se concluir que há risco concorrencial, a superintendência encaminha ao tribunal uma sugestão de medidas a serem adotadas pelos interessados em viabilizar o acordo ou com recomendação para que os conselheiros reprovem o projeto.

A Azul não quis se pronunciar sobre as declarações do presidente dos Correios. Em comunicado divulgado em dezembro de 2017, a companhia aérea afirmou que o início das atividades da empresa, após aprovação pelos órgãos competentes, resultará em economia de custos, maior eficiência operacional e ganho de receitas para as duas companhias, proporcionando melhorias na oferta de serviços prestados aos consumidores.

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Segundo Fortner, os serviços serão executados por funcionários da nova empresa, que poderá, inclusive, recontratar empregados que queiram se desligar dos Correios para passar a trabalhar na nova companhia.

“Isto, no entanto, é algo que ainda vamos estruturar melhor após a [eventual] aprovação do Cade e a conclusão dos trâmites burocráticos necessários à estruturação societária”, explicou.

Fonte: paranashop.com.br ( leia o artigo completo )